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Kim Jong-un em Pequim para acertar estratégias com único grande aliado

A agência noticiosa oficial da Coreia do Norte informou que Kim partiu na segunda-feira, na companhia da esposa, Ri Sol-ju, e outros altos funcionários de Pyongyang.

KCNA KCNA

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, chegou hoje a Pequim para uma visita oficial, num esforço para acertar estratégias com o único grande aliado, antes de uma segunda cimeira com o Presidente norte-americano, Donald Trump.

Uma guarda de honra habitualmente reservada a chefes de Estado deixou esta manhã a estação norte de Pequim, pouco após a chegada de um comboio blindado composto por mais de vinte carruagens, e oriundo da Coreia do Norte.

A visita de Kim, confirmada por ambos os lados, ocorreu depois de uma reunião de representantes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte no Vietname para acertarem a localização de uma segunda cimeira com Trump.

Kim visita a China a convite do Presidente chinês, Xi Jinping. A data coincide com o aniversário do líder norte-coreano, que deverá ficar na residência de hóspedes oficiais Diaoyutai e ser recebido no Grande Palácio do Povo, junto à praça Tiananmen.

Trata-se da quarta visita de Kim à China, no espaço de um ano, num sinal de renovada confiança entre os dois países, após anos de distanciamento, face à insistência do regime norte-coreano em prosseguir com o controverso programa nuclear.

A viagem de Kim acontece numa altura em que os Estados Unidos e a Coreia do Norte negoceiam a desnuclearização da península coreana.

Donald Trump e Kim Jong-un reuniram-se, em Singapura, no ano passado, num encontro histórico que ocorreu depois de, em 2017, as tensões terem atingido níveis inéditos desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53), na sequência dos sucessivos testes nucleares de Pyongyang e à retórica beligerante de Washington.

Mas a insistência de Trump em punir com sanções económicas o regime de Pyongyang surtiu efeito. No início do ano passado, Kim abriu-se abruptamente ao diálogo diplomático com Washington e Seul.

Desde então, Kim visitou a China por quatro vezes, sem Xi ter reciprocado o gesto, numa aparente rutura do protocolo diplomático.

No entanto, desde a cimeira em Singapura houve pouco progresso real no desarmamento nuclear.

Washington exige que Pyongyang apresente dados detalhados sobre o arsenal nuclear, enquanto Pyongyang diz que já fez o suficiente e que está na altura de os EUA aliviarem as pesadas sanções internacionais que isolaram a economia norte-coreana.

O porta-voz da presidência sul-coreana Kim Eui-kyeom disse que Seul espera que a visita de Kim à China sirva de "trampolim" para uma segunda cimeira com Trump.

Com Lusa

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