"Quero primeiro felicitar todos os candidatos e toda a gente que participou nas eleições norte-americanas ontem", declarou Trudeau à imprensa, à chegada ao Parlamento federal, em Otava.
"Quero evidentemente sublinhar que é histórico o número de mulheres que foram eleitas nestas eleições ontem e dizer que estamos desejosos de continuar a trabalhar com o Congresso norte-americano sobre as questões que são importantes para o Canadá e para o mundo", acrescentou o dirigente liberal.
O Congresso eleito na terça-feira terá um número recorde de mulheres
O Congresso eleito na terça-feira, que entrará em funções em janeiro de 2019, terá um número recorde de mulheres, com pelo menos 117 já eleitas, de acordo com a contagem do Center for American Women and Politics.
Os norte-americanos, que foram às urnas para renovar a Câmara dos Representantes e um terço do Senado, elegeram 95 mulheres para a câmara baixa do Congresso e 12 senadoras, que se juntam às dez que se mantêm no cargo. O Congresso será, assim, 22% feminino.
Um ano após o movimento #MeToo de denúncia da violência sexual, candidatou-se um número recorde de mulheres, em particular nas fileiras da oposição Democrata.
Entre as que mais se destacaram, estão as Democratas do Kansas, Sharice Davids, e do Novo México, Deb Haaland, que se tornaram as primeiras congressistas ameríndias, e também as Democratas Ilhan Omar e Rashida Tlaib, respetivamente do Minnesota e do Michigan, que se tornaram as primeiras mulheres muçulmanas eleitas para a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
Em Nova Iorque, Alexandria Ocasio-Cortez, ex-empregada de mesa de um restaurante mexicano, tornou-se, aos 29 anos, a mais jovem congressista alguma vez eleita.
O novo Congresso dos Estados Unidos terá a missão de ratificar o novo Acordo de Comércio Livre Norte-Americano, concluído a custo no final de setembro entre Washington e Otava.
Quando subiu ao poder, há três anos, Justin Trudeau formou o primeiro Governo paritário da história do Canadá, explicando a sua iniciativa com uma frase que se tornou célebre: "Porque estamos em 2015!".
Lusa