"O Governo do Japão atribuiu 700.000 dólares (cerca de 606.000 euros) à Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância)" em resposta à crise do Ébola que atinge a República Democrática do Congo (RDCongo), indicou a agência da ONU num comunicado.
Os fundos atribuídos por Tóquio "serão usados para apoiar atividades na área da comunicação comunitária e da assistência psicológica às famílias afetadas", precisou a Unicef.
"O apoio do Japão vai ajudar-nos a continuar com as nossas atividades de forma a travar a doença e a acabar com o surto de Ébola num futuro próximo", declarou Gianfranco Rotigliano, representante da Unicef na RDCongo, citado no mesmo comunicado.
O atual surto de Ébola na RDCongo foi declarado no passado dia 08 de maio na região noroeste do país em Bikoro, perto da fronteira com a República do Congo (Congo-Brazzaville), a 600 quilómetros da capital do país, Kinshasa.
Este é o nono surto de Ébola na RDCongo, país que faz fronteira com Angola, desde 1976.
Desde maio passado, 28 pessoas morreram, segundo um balanço oficial.
Nos últimos dias, o país não registou novos casos da doença ou novas vítimas mortais.
Uma campanha de vacinação foi lançada a 21 de maio e desde então um total de 3.139 pessoas foram vacinadas naquele país, informou o Ministério da Saúde local.
A doença por vírus do Ébola é altamente contagiosa e é transmitida por contacto direto com fluidos ou secreções corporais de pessoas infetadas, mortas ou vivas. Pode também ser transmitida através do contacto direto com superfícies, objetos ou roupas contaminadas com fluidos de doentes.
Os sintomas mais frequentes são febre, náuseas, vómitos e diarreia, dores abdominais, dores musculares, dores de cabeça, dores de garganta, fraqueza e hemorragia inexplicada, que aparecem subitamente entre dois e 21 dias após a exposição ao vírus, segundo a descrição disponível na página 'online' da Direção-geral da Saúde.
Lusa