Esta homenagem junta-se a outras iniciativas, que começaram na noite de quarta-feira com a iluminação de verde do que resta do edifício no oeste de Londres, bem como de outros edifícios em redor.
A cor verde está relacionada com a campanha "Verde por Grenfell", criada por sobreviventes e outros ativistas para sensibilizar para o que sucedeu há um ano atrás.
O incêndio
O incêndio começou num frigorífico no quarto andar da Torre Grenfell. Arrastou-se rapidamente aos andares superiores da torre de 25 pisos, alegadamente devido ao revestimento inflamável.
Inicialmente, os bombeiros aconselharam as pessoas a não deixarem os seus apartamentos, o que acabou por ser fatal para muitos que residiam nos pisos superiores e que não conseguiram escapar.
Ao todo, morreram 70 pessoas no incêndio, mais uma vítima de ferimentos que sucumbiu no hospital e um bebé nado morto, filho dos portugueses Márcio e Andreia Gomes.
Logan Gomes, que já tinha quase sete meses de gestação, morreu devido à intoxicação com fumo da mãe, que foi hospitalizada juntamente com uma das duas filhas após uma fuga dramática pelas escadas desde o 21.º andar.
Além do casal Márcio e Andreia Gomes e das duas filhas menores, viviam na Torre Grenfell outros seis portugueses: Miguel e Fátima Alves e dois filhos, que viviam no 14.º andar, e outros dois amigos portugueses, residentes no mesmo andar, mas num apartamento vizinho.
O mais mortífero incêndio doméstico desde a Segunda Guerra Mundial no Reino Unido está a ser alvo de um inquérito público liderado pelo juiz aposentado Martin Moore-Bick com o objetivo identificar as causas para assim evitar futuras tragédias.
Além de perceber porque é que as chamas se espalharam tão rapidamente, vão ser analisadas a atuação dos serviços de emergência e das autoridades locais e as regulamentações em vigor para a construção.
Lusa