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Alto quadro do regime norte-coreano visita Estados Unidos

Um responsável do regime norte-coreano viaja na quarta-feira para os Estados Unidos, a primeira visita de alto nível desde 2000, quando faltam duas semanas para a cimeira entre os dois países, em Singapura, avança a imprensa sul-coreana.

Choe Kang-il, diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano. no aeroporto de Pequim. É possível que esteja acompanhado por Kim Yong-chol, vice-presidente do Parlamento.
YONHAP

O vice-presidente do Comité Central do Partido dos Trabalhadores, Kim Yong-chol, aterrou hoje em Pequim, de onde parte amanhã para Nova Iorque, onde deverá reunir com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, ou mesmo com o Presidente, Donald Trump, detalha a agência noticiosa sul-coreana Yonhap.

Trata-se da primeira visita de um alto quadro de Pyongyang aos Estados Unidos desde 2000, quando o militar Jo Myong-rok reuniu com o então Presidente Bill Clinton.

Kim Yong-chol, que é também diretor do Departamento da Frente Unida, é uma das figuras do regime norte-coreano atingida pelas sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU e pelo Departamento do Tesouro norte-americano.

Segundo a Yonhap, Kim e a sua delegação tinham um voo hoje para Washington, mas mudaram para outro com destino a Nova Iorque, que parte às 13 horas de terça-feira (06:00 horas em Lisboa).

Donald Trump chegou a cancelar a cimeira com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, na passada sexta-feira, mas voltou atrás após várias mensagens conciliadoras com Pyongyang.

A confirmar-se, será a primeira reunião de sempre entre os líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte.

No ano passado, a tensão entre Pyongyang e Washington atingiu níveis inéditos desde o fim da Guerra da Coreia (1950 a 1953), que terminou com um armistício, face aos sucessivos testes nucleares e de misseis balísticos realizados por Pyongyang, e à retórica belicista de Trump.

No entanto, desde o início do ano Kim Jong-un tem procurado uma solução diplomática, tendo já afirmado a possibilidade de o país se desnuclearizar, em troca de garantias de segurança dos EUA, com quem a Coreia do Norte continua tecnicamente em guerra.

Lusa

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