Pompeo apresentou o aguardado encontro entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o dirigente norte-coreano, Kim Jong-un, em 12 de junho em Singapura, como um teste à solidez dos compromissos de Pyonyang.
Washington exige uma "desnuclearização completa, verificável e irreversível" da Coreia do Norte, reiterou o secretário de Estado, à estação televisiva norte-americana Fox.
Pyongyang nunca, até agora, tinha aceitado pagar esse preço, considerando o seu arsenal nuclear um último recurso para garantir a sobrevivência do regime.
Mas, desta vez, Pompeo disse-se "convencido" de que Kim Jong-un partilha este objetivo.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, já saudou como um "gesto muito inteligente" o anúncio feito, no sábado, pela Coreia do Norte de que desmantelará até ao final de maio o local onde realiza os testes nucleares.
"Nós vamos fornecer garantias sobre a sua segurança, é claro", admitiu Mike Pompeo.
"Este compromisso estava em suspenso há 25 anos. Nenhum Presidente alguma vez colocou os Estados Unidos numa posição em que os dirigentes da Coreia do Norte pudessem pensar que isto era realmente possível. Estamos alerta para os riscos, mas temos a forte esperança de que o Presidente Kim Jong-un queira operar uma mudança estratégica", concluiu.
O conselheiro para a Segurança Nacional norte-americano, John Bolton, advertiu, por seu lado, que a desnuclearização deverá estar concluída "antes de as vantagens começarem a chegar", nomeadamente os investimentos privados várias vezes referidos hoje por Mike Pompeo.
Desnuclearização quer dizer "desfazerem-se das armas nucleares, desmantelarem-nas, transportarem-nas para Oak Ridge, no Tennessee (um centro norte-americano de investigação nuclear), desfazerem-se da sua fábrica de urânio", enumerou o secretário de Estado, na estação televisiva ABC.
Na linha de Donald Trump, que insiste, desde o anúncio da histórica cimeira Trump-Kim, que não hesitará em retirar-se se não houver qualquer vislumbre de avanço, John Bolton, afirmou não acreditar que o Presidente alimente ilusões.
A cimeira de 12 de junho dará a Donald Trump a oportunidade "de tirar as medidas a Kim Jong-un e ver se o seu empenho é real", comentou John Bolton.
Lusa