Trata-se da primeira visita de Estado a Washington desde que Donald Trump assumiu funções como Presidente dos Estados Unidos.
Segundo a Associated Press, a deslocação deverá ser sobretudo simbólica, não se esperando grandes avanços, mas Macron deverá tentar mitigar algumas das divergências entre os dois chefes de Estado.
Numa entrevista à Fox News publicada no domingo, Macron referiu-se a algumas dessas divergências com Trump: contestou as novas tarifas que Trump ameaçou impor a partir de 1 de maio, considerando que não se faz "guerra comercial com os aliados" e apelou a Trump para manter o acordo nuclear iraniano, argumentando que não há "plano B".
Macron falou ainda sobre a síria, defendendo que a comunidade internacional deve continuar em território sírio, mesmo depois do fim da guerra contra o estado islâmico.
Trump prometeu retirar-se do acordo com o Irão até 12 de maio, a não ser que os negociadores norte-americanos e europeus concordem em reparar o que chamou de falhas sérias no documento, enquanto Macron é um dos maiores defensores daquele pacto.
Apesar das divergências, Macron disse que tem com Trump uma relação "muito especial", principalmente porque são políticos "inconformistas" e comprometidos com a luta contra o terrorismo islâmico. E afirmou esperar que a sua visita a Washington "sirva para ressaltar a história comum entre ambos os países".
França é considerada o primeiro aliado dos EUA por ter ajudado o país a conquistar a independência face à Grã-Bretanha.
Macron pretende celebrar a aliança de longa data oferecendo a Trump um rebento de carvalho proveniente do local de uma das batalhas que envolveram tropas norte-americanas na I Guerra Mundial, a batalha da floresta de Belleau.
Trata-se de um sinal de gratidão pelos sacrifícios que a América fez pela França, mas também pode ser visto como um sinal da preocupação de Macron com o ambiente.
As alterações climáticas são aliás outro ponto de discórdia entre Trump e Macron desde que Trump anunciou a intenção de sair do acordo climático de Paris.
Momentos depois desse anúncio, Macron publicou um vídeo em inglês em que dizia, numa referência ao slogan de campanha de Trump: "Fazer o nosso planeta grande outra vez!".
Com Lusa