Esta região, que abriga fações rebeldes e contrárias ao regime sírio, está a ser atacada e asfixiada desde 2013, o que torna quase impossível o acesso a alimentos e a medicamentos para os seus cerca de 400 mil habitantes.
"Mais de mil pessoas precisam urgentemente ser retiradas do enclave rebelde por razões médicas, a maioria mulheres e crianças", disse Linda Tom, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), em Damasco.
De acordo com o OCHA, existem 77 "casos prioritários" entre os milhares de doentes ou feridos que exigem uma retirada urgente da região.
Paralelamente, 28 hospitais e clínicas foram atacados e nove profissionais de saúde foram mortos desde o início da ofensiva, de acordo com a mesma fonte.
Nesta área estratégica, nos arredores da capital, as forças leais ganham terreno todos os dias, com ataques aéreos e de artilharia, sendo que o Governo já controla 60% da região, de acordo com a organização não-governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
A ofensiva do regime sírio, desde 18 de fevereiro, já fez 1.144 mortos, incluindo 240 crianças, e mais de 4.400 feridos, de acordo com a OSDH.
Desde o início do conflito na Síria, há quase sete anos, já foram mortas mais de 350 mil pessoas, segundo a ONG.
Lusa