Numa altura em que é pressionado para responder ao problema das armas nas escolas, Trump pretende aproveitar o encontro com os líderes dos estados norte-americanos para ouvir as suas opiniões.
Os governadores estão em Washington para o seu encontro anual, e foram recebidos no domingo à noite por Donald Trump e a primeira-dama, Melania Trump. O chefe de Estado norte-americano disse:
"Vamos falar sobre Parkland e o horrível acontecimento que ocorreu na semana passada" "Esse vai ser um dos temas. Vamos pô-lo em primeiro lugar na nossa lista".
Dezassete estudantes e professores foram mortos num tiroteio no dia 14, num liceu em Parkland, Florida, desencadeando apelos para a aplicação de novas medidas de controlo das armas e para melhorar a segurança das escolas.
Trump aproveitou a breve declaração antes do início do jantar para agradecer ao governador da Florida, Rick Scott, um aliado próximo, e afirmou que o responsável "está a fazer um excelente trabalho".
O Presidente também elogiou o desempenho da economia, garantindo que números que não eram tão bons com o seu antecessor, Barack Obama, estão a melhorar sob a sua liderança. "Vocês vão ver alguns números a subir no próximo ano, aqueles que não vimos no nosso país durante muitos, muitos anos", considerou, antes de se referir aos seus esforços para eliminar as regulações, considerando que é graças à sua administração que "as pessoas estão a construir e a fazer agricultura e a fazer muitas coisas que tinham dificuldades em fazer".
O Presidente dos EUA sustentou também que os governadores são:
"pessoas muito, muito especiais". "O trabalho que vocês fazem é incrível. Não é fácil, mas estamos muito orgulhosos de vocês e por vos ter aqui"
O encontro de Trump com os governadores é o último em que o Presidente procurará recolher sugestões para impedir a violência nas escolas, enquanto a Casa Branca prepara uma esperada proposta legislativa.
Na semana passada, o chefe de Estado norte-americano passou vários dias a ouvir apelos emocionados de pais e estudantes, incluindo alguns sobreviventes do tiroteio de Parkland e outros envolvidos nos tiroteios de Connecticut e Colorado.
Trump, que também pediu propostas aos oficiais estatais e locais, já deu várias ideias desde o tiroteio, incluindo o aumento da idade para comprar armas de assalto, melhorar o controlo dos antecedentes antes da venda de armas, dar armas aos professores e pagar-lhes extra, e reabrir instituições dedicadas à saúde mental. A filha e assessora do Presidente, Ivanka Trump, mostrou dúvidas quando questionada se ter professores armados seria uma garantia de segurança para as crianças:
"Sinceramente, não sei. Obviamente, teria de haver uma exigência muito elevada para quem pudesse transportar armas na nossa escola. Mas eu penso que não há uma solução única para garantir a segurança"
O poderoso lóbi das armas, a National Rifle Association (NRA), que apoiou a corrida de Trump à Casa Branca, está contra o aumento da idade mínima para a compra de armas de assalto, mas é favorável à sugestão de dar armas aos docentes.
Lusa