"Dei ordens ao procurador-geral adjunto para que efetue uma revisão imediata dos nossos processos, aqui no Departamento de Justiça e no FBI, para assegurar que atingimos o nível mais elevado de resposta efetiva e rápida aos sinais que nos chegam de risco de violência", anunciou o Procurador-Geral, Jeff Sessions, em comunicado.
"O FBI e os nossos parceiros estaduais e locais devem agir sem falhas para prevenir todos os ataques. Isto é imperioso e temos de fazê-lo melhor", acrescentou.
A polícia federal dos Estados Unidos admitiu esta sexta-feira que não investigou uma denúncia que recebeu a 5 de janeiro de alguém próximo de Nikolas Cruz, o autor confesso do tiroteio de quarta-feira numa escola da Florida em que morreram 17 pessoas e 14 ficaram feridas.
A informação recebida pelo FBI incluía referências à posse de várias armas pelo jovem e elementos que o descreviam como alguém com "um comportamento errático" e que publicava mensagens "preocupantes" nas redes sociais, nas quais dizia que queria entrar a disparar numa escola e que tinha "desejo de matar".
Por razões que não foram explicadas, o FBI não seguiu o protocolo para estes casos e não comunicou esta informação aos seus serviços em Miami (Florida) nem à polícia local.
Sessions precisou no comunicado que também deve ser "revista a forma como se responde" a uma informação, podendo ficar por exemplo definida "a audição de familiares, funcionários de saúde mental, educadores e polícia local".
Lusa