Carles Puigdemont chegou às 08:20 a Copenhaga (07:20 em Lisboa) para participar num colóquio universitário, organizado pelo Departamento de Ciência Política e que tem como tema "Catalunha e Europa, uma encruzilhada da democracia?", como confirmou no Twitter.
As autoridades judiciais dinamarquesas recusaram pronunciar-se sobre a eventual ordem de detenção europeia contra o ex-presidente da autonomia da Catalunha.
"Não temos nenhum comentário a fazer sobre o caso", disse à agência EFE Simon Gosviq, porta-voz da Procuradoria da Dinamarca.
O Ministério Público espanhol tinha pedido esta manhã ao tribunal supremo para ativar a ordem de detenção europeia contra o ex-presidente da Generalitat, mas o pedido foi recusado.
Puigdemont não fez declarações à imprensa quando chegou ao aeroporto de Copenhaga.
Presidente do parlamento da Catalunha propõe Puigdemont para dirigir Governo regional
O novo presidente do parlamento catalão, Roger Torrent, propôs hoje em Barcelona o nome do líder separatista Carles Puigdemont para voltar a dirigir o Governo da Catalunha, apesar de todos os obstáculos jurídicos que isso implica.
Roger Torrent, um independentista empossado há duas semanas, quando prometeu privilegiar o "diálogo" entre as forças parlamentares, tomou esta decisão depois de se ter encontrado com todos os partidos com assento na assembleia regional.
O bloco de partidos independentistas tem a maioria dos assentos no parlamento da Catalunha e o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, avisou na semana passada que Madrid irá manter a sua intervenção na Catalunha no caso de Carles Puigdemont tentar regressar ao poder na região.
Primeira saída de Puigdemont da Bélgica desde que fugiu de Espanha
Na liderança do executivo catalão desde janeiro de 2016, Puigdemont e a sua equipa governativa foram destituídos pelo governo central de Madrid após a declaração unilateral de independência de uma "República catalã", feita em Barcelona no passado dia 27 de outubro.
Puigdemont que há três meses estava na capital da Bélgica, na companhia de quatro ex-membros do governo autónomo, está a ser investigado pela justiça espanhola por delitos de rebelião e má gestão de fundos públicos.
No passado dia 05 de dezembro, o juiz espanhol Pablo llarena decidiu retirar as ordens europeias de detenção contra Puigdemont - e aos outros quatro implicados, que também se refugiaram em Bruxelas - porque os crimes de que são acusados não figuram no quadro legislativo belga - mas manteve a advertência de que seriam presos caso regressassem a Espanha.
Puigdemont, que pretende tomar posse como presidente da Generalitat, deve reunir-se com deputados dinamarqueses.
O encontro foi anunciado na sexta-feira por Magni Arge, membro de uma formação independentista do território autónomo das Ilhas Faroé.
De acordo com a EFE, os representantes dos partidos que compõem a coligação governamental da Dinamarca não vão estar no encontro com Carles Puigdemont.
Com agências