Como candidato, Trump apelou a uma "proibição de muçulmanos". Como Presidente dos Estados Unidos, emitiu uma ordem executiva a proibir a entrada de cidadãos de alguns países de maioria muçulmana, embora os tribunais tenham parcialmente bloqueado este decreto.
Hoje, o Presidente partilhou na sua página no Twitter três vídeos, originalmente publicados pela vice-presidente do partido de extrema-direita britânico Britain First, Jayda Fransen, que mostram pessoas alegadamente muçulmanas a cometer crimes sem dar qualquer contexto às histórias.
O primeiro vídeo, intitulado "Um imigrante muçulmano bate num holandês em muletas", aparenta ter sido filmado na Holanda, sem data e sem possibilidade de verificar se é verdadeiro.
O segundo, "Um muçulmano destrói uma estátua da Virgem Maria", foi publicado em 2013 no YouTube. Segundo a descrição nessa plataforma, foi filmado na Síria e mostra um elemento do grupo jihadista Daesh a destruir a escultura.
O terceiro vídeo, "Multidão islamita empurra um adolescente do telhado e espanca-o até à morte", foi também publicado no YouTube em 2013. É particularmente violento e terá sido filmado no Egito.
Jayda Fransen e o presidente deste partido, foram detidos em setembro acusados de provocar "assédio religioso" por distribuição de panfletos e publicação de vídeos online durante o julgamento de um grupo de muçulmanos acusado, e mais tarde condenado, por violação.
Jayda Fransen mostrou-se hoje muito satisfeita por Trump ter partilhado os seus vídeos. "O próprio Donald Trump partilhou estes vídeos e ele tem cerca de 44 milhões de seguidores! Deus o abençoe Trump".
A conta de Fransen tem cerca de 24 mil seguidores.