O Facebook avança que cerca de 126 milhões de utilizadores americanos possam ter sido expostos a publicações tendenciosas criadas por vários grupos russos entre janeiro de 2015 e agosto de 2017.
De acordo com a CNN, os tais 126 milhões de utilizadores dizem respeito a mais de 50% do eleitorado dos EUA.
Os advogados das empresas Facebook, Twitter e Google deverão aparecer publicamente em audiências diante do Senado ainda esta semana para serem questionados sobre a alegada tentativa russa de divulgar informações falsas, de forma a influenciar a eleição presidencial norte-americana de novembro de 2016, da qual Donald Trump saiu vitorioso.
O governo russo sempre negou qualquer tipo de intervenção nas eleições norte-americanas, ou qualquer tipo de favorecimento a Donald Trump ou a Hillary Clinton, que saiu derrotada das eleições.
O conselheiro-geral do Facebook, Colin Stretch, avançou que foram publicados cerca de 80 mil conteúdos em dois anos, criados pela Agência de Pesquisa de Internet da Rússia - a plataforma de internet ligada ao Governo russo.
As publicações, que podem ter sido vistas por 126 milhões de americanos, dizem respeito a divisões políticas e sociais, ao armamento nos EUA, aos grupos LGBT ou até mesmo à questão da imigração.
"Aparentemente, as publicações tinham como objetivo ampliar as divisões na sociedade", disse Colin Stretch, citado pela BBC.
O conselheiro-geral do Facebook considerou ainda as publicações como "profundamente perturbadoras".