Mundo

"Violência não pode ser instrumento na política", avisa Comissão Europeia

A Comissão Europeia insistiu hoje que o referendo na Catalunha é um assunto interno de Espanha, mas defendeu que a violência não pode ser instrumento na política. O domingo de referendo na Catalunha ficou marcado pela violência, com 893 pessoas feridas.

"A violência nunca pode ser um instrumento na política", disse hoje o porta-voz da Comissão, Margaritis Schinas, na habitual conferência de imprensa diária.

"Para a Comissão Europeia, como o presidente (Jean-Claude) Juncker reiterou repetidamente, este é um assunto interno de Espanha e deve lidado em linha com a Constituição", disse ainda, anunciando que o líder do executivo comunitário vai falar hoje com o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.

A Comissão apelou ainda ao Governo espanhol e aos independentistas catalães que "passem rapidamente da confrontação ao diálogo".

Bruxelas manifestou-se ainda confiante de que Rajoy será capaz de "gerir este difícil processo no respeito absoluto pela Constituição espanhola e pelos direitos fundamentais dos cidadãos", adiantou Shinas.

O referendo de domingo sobre a independência da Catalunha foi marcado pela intervenção da polícia espanhola, que tentou encerrar da parte da manhã alguns centros eleitorais, numa ação que teve momentos muito violentos, que passaram nas televisões de todo o mundo.

O governo regional (Generalitat) anunciou na madrugada de segunda-feira que 90% dos catalães votaram a favor da independência no referendo, tendo exercido o direito de voto 42 por cento dos 5,3 milhões de eleitores.A consulta popular foi marcada pela Generalitat, dominada pelos separatistas, tendo o Estado espanhol, nomeadamente o Tribunal Constitucional, declarado que a consulta era ilegal.

Últimas