O ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Taro Kono, manteve hoje uma conversa ao telefone com o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, para analisar e estudar uma resposta conjunta ao novo disparo de míssil realizado hoje pela Coreia do Norte.
Ambos acordaram trabalhar com a comunidade internacional e o Conselho de Segurança da ONU para "conseguir a plena aplicação" do novo pacote de sanções, aprovado na segunda-feira por unanimidade, segundo o chefe da diplomacia nipónica aos media locais.
"Exerceremos máxima pressão sobre a Coreia do Norte até conseguirmos que mostre um claro compromisso rumo à desnuclearização e se sente à mesa das negociações", acrescentou.
Tanto Kono como Tillerson conversaram ainda com a ministra dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Kang Kyung-wha, para coordenar a posição trilateral e promover "medidas mais poderosas e eficazes" contra Pyongyang através de todos os canais possível, incluindo o Conselho de Segurança da ONU, informou Seul.
Na mesma linha, o ministro da Defesa do Japão, Itsunori Onedera, falou ao telefone com o seu homólogo norte-americano, Jim Mattis, com quem acordou exercer uma "pressão visível" sobre a Coreia do Norte em resposta ao seu mais recente lançamento de um míssil.
Após analisar o disparo, Tóquio concluiu que se tratou de um míssil de alcance médio Hwasong-12, o mesmo modelo que a Coreia do Norte disparou no passado dia 29 de agosto e também sobrevoou território japonês, o que aconteceu pela primeira vez desde 2009.
O projétil disparado hoje (23h00 de quinta-feira em Lisboa) percorreu 3.700 quilómetros antes de cair em águas do Pacífico, a leste da ilha de Hokkaido, no norte do Japão.
O míssil superou assim a distância percorrida pelos de modelos similares usados nos dois testes anteriores, mostrando ter capacidade suficiente para chegar à ilha de Guam, que acolhe importantes bases navais dos Estados Unidos, assinalou Itsunori Onedera.
O lançamento de hoje correspondeu ao primeiro teste da Coreia do Norte desde que o Conselho de Segurança da ONU aprovou na segunda-feira, por unanimidade, o oitavo pacote de sanções, em resposta ao seu sexto e até à data mais potente ensaio nuclear efetuado a 3 de setembro.
Lusa