O texto, que tornar-se-á definitivo após uma votação hoje por parte dos Estados Unidos, prevê um embargo "progressivo" sobre o petróleo destinado a Pyongyang e não total e imediato como estipulava o primeiro projeto de resolução norte-americano. O texto prevê ainda a proibição de importação por parte dos Estados-membros das Nações Unidas de têxteis norte-coreanos.
De acordo com diplomatas citados pela AFP, as negociações que decorrem há já quatro dias com Pequim e Moscovo levaram os EUA a moderar o seu discurso sobre a situação dos trabalhadores expatriados norte-coreanos e à fiscalização de navios suspeitos de transportar carga proibida pelas resoluções da ONU.
A pedido de Washington, o Conselho de Segurança das Nações Unidas deve pronunciar-se hoje sobre o texto que concede novas sanções contra Pyongyang. O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, é acusado de ameaçar a paz com programas de armamento nuclear.
Em comunicado, a agência de notícias norte-coreana, KCNA, refere que o Ministério dos Negócios Estrangeiros avisa que caso Washington "avance com esta resolução ilegal sobre um endurecimento das sanções, a Coreia do Norte assegurará que seja absolutamente certo que os Estados Unidos paguem o preço".
A Coreia do Norte realizou, no passado dia 3 de setembro, o seu sexto ensaio nuclear, que disse ter-se tratado de uma bomba de hidrogénio, ou bomba H miniaturizada, apta a ser colocada num míssil balístico intercontinental (ICBM). O teste foi o mais potente já realizado pelo regime norte-coreano e mereceu a condenação da comunidade internacional, fazendo aumentar a tensão na região.
Em julho, aquele país asiático já tinha realizado dois disparos de ICBM. Estas atividades nucleares e balísticas violam as resoluções das Nações Unidas, que já infligiram sete conjuntos de sanções a Pyongyang.
Com Lusa