Castro pediu que a União Elétrica estatal se concentre "nos trabalhos especializados e em reduzir o tempo das falhas de eletricidade para a população e os centros vitais da economia", de acordo com a diretiva hoje publicada pelo diário oficial Juventud Rebelde.
"O furacão Irma provocou estragos na infraestrutura elétrica de praticamente todo o país, o que impede a concentração das brigadas especiais de 'linieros' [trabalhadores das linhas elétricas] numa zona em particular, como por exemplo fizemos nos casos do Sandy [2012] e do Matthew [2015]", acrescentou.
O líder cubano aprovou a criação de brigadas mistas nos municípios para que "os trabalhos de limpeza (...) se realizem com meios de transporte e pessoas de cada região", para que a União Elétrica "se dedique aos trabalhos especializados".
As autoridades estão agora a avaliar os estragos provocados pelo furacão, que durante dois dias se deslocou de leste para oeste na costa norte da ilha, e que implicou danos em municípios costeiros e em algumas das principais infraestruturas turísticas do país, como nos cayos [pequenas ilhas] do norte e em Varadero, em Matanzas.
O turismo é a segunda fonte de divisas da economia cubana, atrás da exportação de serviços profissionais, e esta devastação poderá implicar um duro golpe para a economia do país.
A capital Havana também sofreu o impacto do Irma, que originou importantes inundações costeiras e danos moderados, para além de 15.000 pessoas retiradas de algumas zonas do litoral devido ao mau estado das habitações.
No entanto, as autoridades não registaram qualquer vítima mortal na ilha durante a passagem do furacão.
Lusa