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Trump ameaça Coreia do Norte com "fogo e fúria como o mundo nunca viu"

Donald Trump reagiu esta terça-feira às várias ameaças feitas pela Coreia do Norte. O Presidente dos EUA prometeu lançar uma guerra com "fogo e fúria como o mundo nunca viu", caso o regime norte-coreano continue a ameaçar um conflito nuclear.

Trump emitiu a advertência durante uma sessão sobre dependência de opiáceos que decorreu no seu campo de golfe em Bedminster, Nova Jérsia, onde se encontra de férias.

"É bom que a Coreia do Norte não faça mais nenhuma ameaça aos EUA", disse Donald Trump aos jornalistas no clube de golfe de Bedminster, em New Jersey, nos EUA.

"Eles vão encontrar fogo e fúria como o mundo nunca viu", acrescentou o Presidente dos EUA, citado pelo jornal The New York Times.

As declarações de Trump surgem após a divulgação de um novo relatório que revela que o programa nuclear norte-coreano é bem mais avançado do que se pensava, colocando o regime no patamar das "potências nucleares".

O ministério da Defesa japonês e a imprensa norte-americana divulgaram hoje que a Coreia do Norte foi bem-sucedida na produção de ogivas nucleares miniaturizadas que cabem dentro dos seus mísseis, o que constitui um marco nos esforços de Pyongyang para se tornar uma potência nuclear de pleno direito.

As preocupações de Washington com as tentativas do líder norte-coreano, Kim Jong-Un, para alcançar o poder nuclear intensificaram-se no último mês, com a realização por Pyongyang de dois testes de mísseis balísticos intercontinentais, ou seja, com capacidade para atingir território norte-americano.

O regime norte-coreano assegurou na segunda-feira que o endurecimento das sanções das Nações Unidas não o impedirá de continuar a desenvolver o seu arsenal nuclear, ameaçando os Estados Unidos de que os "fará pagar mil vezes o preço do seu crime".

Sob iniciativa de Washington, o Conselho de Segurança da ONU impôs à Coreia do Norte sanções que poderão custar-lhe mil milhões de dólares de receitas anuais, restringindo transações económicas fundamentais com a China, o seu principal aliado e parceiro económico.

O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, excluiu um regresso rápido ao diálogo com Pyongyang, considerando que o novo pacote de sanções demonstra que a comunidade internacional perdeu a paciência com as ambições nucleares de Kim Jong-Un.

Com Lusa

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