No alerta de viagem, emitido pelo Departamento de Estado, o Governo autoriza também a "saída voluntária" da Venezuela dos funcionários da embaixada, a três dias das polémicas eleições da Assembleia Nacional Constituinte.
"A situação política e de segurança da Venezuela é imprevisível e pode mudar rapidamente", sublinha este novo alerta de viagem do Departamento de Estado, que substitui o emitido a 15 de dezembro de 2016.
O alerta indica ainda que desde abril as manifestações têm acontecido diariamente em todo o país, e que "provocam forte resposta policial", que inclui uso de gás lacrimogéneo e balas de borracha contra os participantes.
Os "grupos armados" associados ao Governo do Presidente Nicolás Maduro "frequentemente usam violência para intimidar os manifestantes", afirma o Departamento de Estado.
O Governo dos Estados Unidos aumentou na quarta-feira a pressão contra o plano do Governo venezuelano de realizar no domingo uma Assembleia Nacional Constituinte, ao sancionar 13 dirigentes e ex-dirigentes venezuelanos, e alertou que, a verificar-se, esta eleição pode marcar "o fim da democracia na Venezuela".
Dos 13 dirigentes punidos pelo Departamento do Tesouro, quatro foram castigados por terem promovido a Constituinte ou por "minarem a democracia ou os direitos humanos na Venezuela".
Entre eles está Elías Jaua, presidente da Comissão Presidencial para a Constituinte, ministro da Educação e ex-vice-presidente da Venezuela; e Tibisay Lucena, presidente do Conselho Nacional Eleitoral, que defendeu a convocatória.
O Tesouro norte-americano também sancionou um membro da comissão dirigida por Jaua, María Iris Varela, e o Defensor do Povo da Venezuela, Tarek William Saab, por considerar que não está a cumprir o seu compromisso de "defender os direitos humanos" no país.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, alertou na semana passada que imporia novas sanções ao Governo de Maduro se este avançasse com o projeto da Assembleia Constituinte.
Lusa