Em entrevista ao jornal Ouest-France e ao grupo alemão Funke, Emmanuel Macron explicou que a França e os Estados Unidos têm um "ponto de convergência essencial: a luta contra o terrorismo e a proteção dos interesses vitais, que são no Próximo e Médio Oriente e em África, onde a cooperação com os Estados Unidos é exemplar".
Macron lembrou que os Estados Unidos são "os primeiros parceiros em termos de informação, cooperação militar, e luta conjunta contra o terrorismo", sublinhando que Washington é "também um parceiro histórico".
"É por isso que convidei Donald Trump para o 14 de julho, para celebrar a entrada na guerra ao nosso lado, das tropas americanas há 100 anos, prestar-lhes homenagem e celebrar uma relação que é incontornável no domínio da segurança", afirmou.
"Precisamos dos Estados Unidos da América", reconheceu o chefe de Estado francês.
Macron acrescentou que "o mundo ocidental se dividiu após a eleição" de Donald Trump, e evocou "diferendos", em particular "o desacordo sobre o clima".
"Lamento-o, combato-o com muita força", afirmou, acrescentando que promete fazer "tudo para convencer as cidades, os estados federais, os empresários norte-americanos" a seguirem a França.
"Os americanos vão aplicar o acordo de Paris, quer o Estado federal queira ou não, graças a esta mobilização local muito forte", afirmou.
Macron sublinhou, também, as "diferenças no comércio", criticando uma "tendência protecionista (que) reina nos Estados Unidos".
"Gostaria que defendêssemos o comércio livre e justo. O protecionismo é um erro, é o irmão gémeo do nacionalismo e isso conduz à guerra", sublinhou, garantido ser possível "encontrar espaços comuns para lutar contra práticas inaceitáveis como o 'dumping'".
Lusa