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Quatro atacantes mortos no Parlamento em Teerão

O Parlamento do Irão e o mausoléu do Ayatollah Khomeini foram hoje alvo de ataques suicidas, reivindicados pelo Daesh. Há 12 mortos, avança o Departamento de Segurança, não distinguindo civis e atacantes.

A polícia retira um rapaz pela janela do Parlamento iraniano.
Reuters Photographer

Última atualização às 11:55

O Daesh reivindicou os ataques, através da agência Amaq, órgão de propaganda do autodenominado Estado Islâmico.

"Os combatentes do Estado Islâmico atacaram o mausoléu de Khomeni e o Parlamento de Teerão", refere a Amaq. "Dois combatentes mártires fizeram detonar os seus cintos de explosivos no mausoléu de Khomeni", prossegue.

Momentos mais tarde publicou no site um vídeo que mostra um homem armado dentro do Parlamento iraniano.

Tiroteios e explosão no Parlamento

Homens armados atacaram o Parlamento, matando a tiro dois elementos da segurança e ferindo várias pessoas.

Um dos atacantes fez-se explodir dentro do edifício, onde decorria uma sessão parlamentar.

As duas agências iranianas ILNA e Tasnim indicam que pelo menos quatro pessoas permanecem sequestradas pelos atacantes nos pisos superiores do edifício do Parlamento no centro da capital do Irão.

O Parlamento está cercado pela polícia.

Mulher fez-se explodir junto ao mausoléu de Khomeini

No caso do ataque ao monumento que evoca o líder religioso e fundador da República Islâmica do Irão, situado a 20 quilómetros a sul do Parlamento, três homens terão entraram a disparar sobre os visitantes, enquanto uma mulher se fez explodir.

O número de vítimas ainda não foi confirmado.

Terceiro ataque evitado

De acordo com o Ministério dos Serviços de Inteligência iraniano, uma célula "terrorista" foi neutralizada e um terceiro ataque foi evitado.

Os elementos desse terceiro grupo foram detidos pelas autoridades.

As ameaças do Daesh sunita contra o Irão xiita

Este é o primeiro atentado reivindicado pelo Daesh em território iraniano.

O Irão xiita ajuda militarmente o regime sírio contra os rebeldes sírios e contra os jihadistas do Daesh. Apoia também o Iraque na luta contra este grupo extremista sunita. Há conselheiros militares e voluntários iranianos, e também afegãos e paquistaneses, nas fileiras no Exército iraquiano e sírio.

Em março, o Daeh publicou um vídeo com ameaças em persa contra o Irão, afirmando que iria "conquistar" o país xiita para o "transformar numa nação muçulmana sunita" e que iria provocar um "banho de sangue" entre os xiitas.

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