Navalny afirmou, na sua página da internet, que hoje pela manhã os seus delegados apresentarão as respetivas solicitações para a realização das manifestações nas autarquias das cidades, como Moscovo, Samara, Kaluga e Tomsk.
O político opositor assegurou que, ainda que as autoridades não autorizem a celebração dos protestos, os seus partidários sairão às ruas, como ocorreu no final de março, quando se registaram os maiores protestos desde o retorno de Vladimir Putin ao Kremlin em 2012.
"Se se negarem a respeitar os nossos direitos constitucionais, então atuaremos segundo a lei, sairemos de todas as formas. Este é o nosso país e no Dia da Rússia temos o direito de sair à rua com a bandeira russa", sublinhou.Navalny, advogado que ganhou fama denunciando a corrupção oficial, recordou: "No 26 de março, já demonstrámos que fomos os que mais convocaram pessoas" para sair às ruas.
O líder da oposição cumpriu 15 dias de prisão preventiva por organizar a 26 de março uma jornada de protestos em quase uma centena de cidades, sendo que em muitas não foram autorizadas as manifestações. Navalny, que foi acusado de desacato à autoridade, foi preso pela polícia antes do início do protesto, o que não impediu a participação de milhares de pessoas.
Segundo os seus assessores, o opositor tem intenção de prosseguir a sua campanha com vista às eleições presidenciais de 2018, apesar de lhe ter sido retirado o direito de apresentar a sua candidatura depois de ser condenado por fraude.
Os analistas consideram que Navalny é o único candidato que poderia fazer alguma sombra ao Presidente russo, Vladimir Putin, que previsivelmente vai tentar a reeleição.
Lusa