"Acreditamos que o diálogo genuíno e a cooperação no domínio dos direitos humanos internacionais são importantes", escreveu a agência noticiosa oficial norte-coreana KCNA.
O regime de Kim Jong-un não reconhece os investigadores da ONU em matéria de direitos humanos, dado que as resoluções da ONU contra a Coreia do Norte "se baseiam em falsos testemunhos de desertores norte-coreanos e em informação inventada", afirmou a KCNA.
A posição norte-coreana surgiu depois de uma visita de seis dias - de 3 a 8 de maio - da relatora especial da ONU para a proteção dos direitos das pessoas com deficiência, Catalina Devandas Aguilar, que foi à Coreia do Norte a convite do regime.
Devandas Aguilar tornou-se assim na primeira especialista designada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU a visitar a Coreia do Norte, país que ratificou, em 2016, a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência.
Durante a estada, a enviada da ONU reuniu-se com dirigentes norte-coreanos, como o ministro da Saúde, Kang Ha-guk, e visitou, entre outros, o hospital pediátrico Okyu, de Pyongyang, um centro de reabilitação de crianças com deficiência, também na capital, e uma escola para crianças cegas no sul do país.
O relatório da visita deve ser apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em março do próximo ano.
A Coreia do Norte é considerada pela comunidade internacional como um Estado que viola sistematicamente os direitos fundamentais.
Lusa