Apesar de manter em moderado o nível de alerta terrorista, por não haver informações específicas sobre uma ameaça concreta ou relativamente à iminência de um ataque, a polícia da antiga colónia britânica advertiu na quarta-feira que o perigo é real, de acordo com o jornal South China Morning Post.
O alerta surgiu depois de especialistas em segurança terem instado as autoridades de Hong Kong a elevar a consciencialização pública relativamente à ameaça de terrorismo global e a recrutar mais "olhos e ouvidos".
A ameaça na Ásia tem estado patente nos últimos meses com ataques no Bangladesh, Indonésia, Malásia ou Paquistão.
A superintendente Leung Wing-sheung afirmou que grupos extremistas, como o Daesh, têm tirado plena vantagem da Internet e das redes sociais para disseminar uma ideologia radical, colocando a Região Administrativa Especial chinesa numa posição vulnerável.
"Hong Kong é uma cidade de informação avançada, onde as pessoas podem aceder facilmente na Internet a materiais promocionais relacionados com terrorismo", disse Leung Wing-sheung, citada pelo mesmo jornal, indicando que qualquer pessoa pode ser um potencial extremista independentemente da nacionalidade.
"A cidade tem tido um enorme fluxo de passageiros internacionais, o que oferece vantagens aos combatentes estrangeiros para entrarem e se infiltrarem aqui", advertiu, apontando que Hong Kong pode ser um alvo potencial, na medida em que acolhe muitas instituições e representantes globais.
No ano passado, as Nações Unidas estimaram em cerca de 30 mil o número de combatentes terroristas estrangeiros, de mais de uma centena de países, ativamente envolvidos em ações do Daesh, da Al-Qaida e grupos associados.
Lusa