Haroon Syed, de 19 anos, residente no bairro de Hounslow, oeste da capital, confessou a sua culpabilidade após os seus advogados não terem conseguido a anulação do seu caso.
O juiz Michael Topolski referiu que pronunciará a sentença em 8 de junho, após ter recebido um relatório psiquiátrico, e adiantou que o acusado enfrenta a possibilidade de "prisão perpétua".
No decurso da audiência, a procuradoria referiu que Syed foi detido em 8 de setembro após manter contactos pela Internet com um agente dos serviços secretos britânicos que se fazia passar por um jihadista de nome Abu Yusuf, e que supostamente poderia garantir armas.
O jovem Syed pediu-lhe uma metralhadora, um colete à prova de balas e explosivos e, apesar de referir que não tinha dinheiro, aceitou encontrar-se com o seu contacto num café, permitindo que o agente gravasse a conversa.
A procuradoria revelou que o acusado procurou na Internet diversos locais para cometer o atentado, e selecionou a artéria comercial Oxford Street e o Hyde Park, onde estava programado um concerto de Elton John para recordar o aniversário dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
Nos seus dispositivos eletrónicos também foram detetadas buscas sobre o grupo jihadista Daesh, enquanto ISIS (o acrónimo do Daesh em árabe) era o código de acesso ao seu telefone.
Durante o processo, o advogado de defesa referiu-se à situação vulnerável de Syed, devido à sua história familiar, falta de educação, vício em jogos violentos na Internet e uma recente condenação do seu irmão, Nadir Syed, de 23 anos, condenado em junho de 2016 a prisão perpétua, devendo cumprir um mínimo de 15 anos por planear um atentado jihadista durante o "Remembrance Day" de 2014, quando se homenageiam as Forças Armadas.
O advogado de defesa também argumentou que os serviços secretos deveriam ter canalizado o suspeito para o programa governamental anti-radicalização "Prevent" e não "incentivá-lo na direção contrária" e que supunha a concretização de um ataque.
Lusa