Os dois líderes vão partilhar pontos de vista sobre um conjunto de questões bilaterais e regionais, incluindo a expansão do comércio, a cooperação no setor da segurança e a deterioração da situação na Venezuela", indicou um comunicado divulgado pela Presidência dos Estados Unidos.
A mesma nota informativa acrescentou que Trump e Macri vão ainda "discutir formas de aprofundar a estreita aliança entre os Estados Unidos e a Argentina". Depois do chefe de Estado peruano, Pedro Pablo Kuczynski, que esteve em finais de fevereiro em Washington, Mauricio Macri será o segundo Presidente latino-americano a ser recebido por Trump, que assumiu funções no passado dia 20 de janeiro.
Trump e Macri já conversaram por telefone em várias ocasiões. Durante essas conversas, a questão da Venezuela foi um dos temas abordados.
Após a vitória do liberal Macri nas eleições de 2015, as relações entre os Estados Unidos e a Argentina, que atravessaram uma fase mais tensa durante a liderança de Cristina Fernández Kirchner (2007-2015), foram retomadas com mais vigor.
O antecessor de Trump, Barack Obama, viajou em 2016 para a Argentina, naquela que foi a primeira visita de um Presidente americano em quase uma década.
A Venezuela atravessa uma crise económica, política e social, com registo de manifestações e distúrbios nas ruas. A oposição venezuelana manifestou-se nos últimos dias em Caracas para apoiar o Parlamento, dominado pela oposição ao Presidente, Nicolas Maduro, na exigência da convocação de eleições e do afastamento dos juízes do Supremo Tribunal de Justiça.
Em finais de março, a alta instância judicial decidiu assumir o poder legislativo da Assembleia Nacional, controlada pela oposição a Maduro. Poucos dias depois, e do anúncio de várias manifestações, Nicolas Maduro anunciava que o Supremo ia rever esta decisão.
Lusa