"Consideramos que chegou o momento para os russos refletirem verdadeiramente sobre o prosseguimento do seu apoio ao regime Assad", advertiu o chefe da diplomacia norte-americana num raro comentário perante os 'media' no departamento de Estado.
O discreto secretário de Estado norte-americano, que deverá deslocar-se na próxima semana a Moscovo, acrescentou que "não existem dúvidas no [seu] espírito: o regime sírio sob o governo de Bashar al-Assad é responsável por este ataque atroz".
Um responsável do departamento de Estado acrescentou que "quem tenha senso e a possibilidade de ver as fotos [das vítimas] sabe que não é verdade aquilo que os russos dizem sobre um armazém".
Na quarta-feira, o exército russo, que apoia o regime de Damasco, afirmou que a aviação síria atingiu na terça-feira um "depósito" de armamento dos rebeldes que continha "substâncias tóxicas". Ao explodirem, estas substâncias ter-se-ão disseminado na atmosfera.
Na terça-feira e em comunicado Tillerson reagiu ao ataque desse dia contra a povoação síria de Khan Cheikhoun (86 mortos, incluindo 30 crianças e 20 mulheres, segundo o Observatório sírio dos direitos humanos) e atribuiu as responsabilidades ao regime de Damasco, exortando os aliados russo e iraniano a recuarem no apoio a Al-Assad.
Tillerson permaneceu, no entanto, silencioso durante grande parte do dia de hoje, deixando o Presidente dos EUA, Donald Trump, ameaças veladas sobre uma eventual intervenção contra o que considerou de "afronta à humanidade".
Lusa