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Convenção da ONU para o clima reage com cautela a plano de Trump

O grupo das Nações Unidas para as alterações climáticas disse esta sexta-feira que vai esperar para ver qual o impacto da decisão do Presidente dos EUA de voltar atrás nas medidas da anterior administração para reduzir o aquecimento global.

A responsável pela convenção quadro para as alterações climáticas da ONU referiu estar a acompanhar "com interesse" a suspensão e alteração dos regulamentos da época da administração de Barack Obama, ordenada por Donald Trump, na terça-feira.

A declaração de Patricia Espinosa, três dias depois do anúncio da decisão do Presidente norte-americano, acrescenta que o efeito exato para o trabalho da convenção quadro "continua pouco claro nesta conjuntura e talvez só fique claro ao longo do tempo".

Patricia Espinosa referiu ainda que "as propostas orçamentais nos EUA envolvem muitas vezes negociações longas e complexas, antes de serem finalmente aprovadas, em parte ou na totalidade, pelo congresso".

Na terça-feira, o Presidente norte-americano declarou o fim da "guerra ao carvão" ao prometer o cancelamento de normativas do Governo federal que estão a "destruir empregos" e a anunciou uma "nova era" na produção de energia.

O chefe da Casa Branca proferiu estas declarações antes de assinar um decreto que inicia o desmantelamento do legado climático do seu antecessor na Presidência, Barack Obama.

A nova diretiva ordena um reexame da medida de Obama sobre o clima, o 'Clean Power Plan', que impõe às centrais térmicas reduções nas suas emissões de dióxido de carbono.

No seu breve discurso na EPA Trump não mencionou uma única vez a questão das alterações climáticas.

Lusa

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