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Trump vai retirar o Iraque da lista de países proibidos de entrar nos EUA

O Governo de Donald Trump vai retirar o Iraque da lista de sete países de maioria muçulmana cujos cidadãos tinham sido proibidos de entrar em território norte-americano. De acordo com fontes oficiais, a decisão surgiu após pressão dos Departamentos do Estado e de Defesa que temiam retaliações do Executivo iraquiano.

A nova ordem Executiva deve ser apresentada nos próximos dias, com várias alterações para evitar contestações judiciais, como a que inviabilizou o decreto anterior.

As mesmas fontes dizem que também serão retiradas no novo documento a proibição por tempo indeterminado para refugiados sírios e a prioridade na concessão de refúgio para minorias religiosas, como privilegiar cristãos em vez de muçulmanos no caso de oriundos do Oriente Médio.

Segundo meios de comunicação social como o Wall Street Journal, Politico ou Washington Post, que citam fontes governamentais que falaram sob a condição de anonimato, o novo veto vai ser assinado e excluir, ao contrário do primeiro, os cidadãos dos países afetados que tenham residência permanente nos Estados Unidos ou os que estejam já na posse de um visto.

A nova versão, não vai entrar de imediato em vigor - como sucedeu com o aprovado em finais de janeiro - para evitar o caos que a sua aplicação repentina desencadeou.Com o seu primeiro veto migratório, Trump proibiu a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Iraque, Irão, Somália, Iémen, Líbia, Síria e Sudão) durante 90 dias e suspendeu o programa de acolhimento de refugiados durante 120 ou, no caso dos sírios, indefinidamente.

Após uma semana de caos e confusão durante a qual a Administração norte-americana introduziu algumas mexidas, um juiz suspendeu temporariamente o veto para analisar a sua constitucionalidade, uma decisão que foi ratificada por uma instância superior à qual Trump recorreu após o primeiro revés.

Perante a perspetiva de uma longa batalha judicial de desfecho incerto, o Presidente dos Estados Unidos optou por rever a ordem executiva anterior, cuja aprovação tem vindo a adiar."Precisamos de ser rápidos, por razões de segurança", afirmou recentemente Donald Trump.Já

A agência Associated Press (AP), que cita fontes governamentais que também falaram sob condição de anonimato, indica que a nova ordem executiva sobre imigração vai ser assinada nos próximos dias, avançando que a proposta em circulação citada pelos funcionários prevê a retirada do Iraque da lista de países afetados pelo veto migratório.

Quatro funcionários explicaram à AP que essa decisão surge na sequência da pressão exercida pelo Pentágono e pelo Departamento de Estado, que instaram a Casa Branca a reconsiderar a inclusão do Iraque dado o seu papel fundamental no combate ao Daesh.

Com Lusa

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