Numa conversa telefónica, de iniciativa de Donald Trump, "o chefe de Estado advertiu contra as consequências económicas e políticas de uma estratégia protecionista", sublinhando que, "perante um mundo instável e incerto, o isolamento é uma resposta sem resultados".
Hollande "lembrou a convicção de que o combate pela defesa das democracias" francesa e norte-americana só era eficaz "no respeito dos princípios fundamentais, em particular, o acolhimento dos refugiados".
O chefe de Estado francês insistiu "na importância para o planeta da aplicação da convenção de Paris sobre as alterações climáticas", que Trump questiona.
De acordo com o comunicado da Presidência francesa, Hollande lembrou que a luta contra o terrorismo é uma prioridade comum de Paris e Washington e reafirmou "a determinação em manter as ações no Iraque e na Síria".
"A solução da situação na Síria" deve ser procurada "num quadro político e sob a égide das Nações Unidas (...) nenhuma outra solução seria duradoura ou credível", destacou.
Sobre o Irão, o Presidente francês defendeu "vigilância sobre atitudes do Irão na sua vizinhaça", sublinhando que "o acordo sobre o nuclear deve ser rigorosamente respeitado e plenamente aplicado".
Os dois responsáveis abordaram as relações com a Rússia, com Hollande a reafirmar "a vontade de prosseguir e intensificar o diálogo em todas as questões".
"As sanções ligadas à situação na Ucrânia" só poderão "ser levantadas quando a situação no leste do país" for "resolvida mediante a aplicação total dos acordos de Minsk", disse.
Em Lisboa, onde decorreu este sábado uma "cimeira dos países mediterrânicos da UE", Hollande tinha pedido à Europa para transmitir "com clareza" a Donald Trump que "é uma força, uma garantia, uma proteção e um espaço de liberdade e de democracia".
Lusa