"É indecente que a riqueza esteja concentrada das mãos de uma ínfima minoria, quando sabemos que uma pessoa em dez vive com menos de 2 dólares por dia", denuncia a porta-voz da Oxfm França Manon Aubry.
O relatório "Uma economia para o 1%" revela "como as grandes empresas e os indivíduos mais ricos exacerbam as desigualdades, explorando um sistem económico com falhas, ao fugir a impostos, ao reduzir salários para maximizar lucros dos acionistas".
A este ritmo, calcula a ONG, o primeiro "super-milionário" do mundo "poderá ter um património que ultrapassa em milhares de milhares de milhões de dólares em menos de 25 anos".
Para este estudo a ONG baseou-se na lista das oito pessoas mais ricas do mundo classificada pela revista Forbes:
- Bill Gates, fundador da Microsoft com um património avaliado em 75 mil milhões de dólares;
- Amancio Ortega, dono da Inditex, casa-mãe da Zara,
- Warren Buffet, CEO e accionista maioritário da Berkshire Hathaway,
- Carlos Slim, magnata das telecomunicações latino-americanas,
- Jeff Bezos, fundador e CEO da Amazon,
- Mark Zuckerberg, CEO e co-fundador do Facebook,
- Larry Ellison, CEO e co-fundador da Oracle),
- Michael Bloomberg, CEO e fundador da Bloomberg LP.
A Oxfam alerta para "a pressão que é exercida sobre os salários em todo o mundo", bem como os benefícios fiscais atribuídos às empresas e o paraísos fiscais.
Revela que a desigualdade de rendimentos está maior do que nunca, desigualdade "indecente".
O relatório da ONG é revelado da véspera da reunião de políticos e muitos multi-milionários no encontro anual do Fórum Económico Mundial, em Davos,