A equipa que está a dirigir a transição do presidente eleito está a deparar-se com dificuldades para encontrar cantores e artistas que aceitem participar no evento, uma vez o que o mundo do espetáculo, na sua maioria, é hostil ao empresário.
Segundo vários meios dos EUA, o cantor italiano Andrea Bocelli, a canadiana Céline Dion e os norte-americanos Kiss declinaram o convite, enquanto o britânico Elton John desmentiu um membro da equipa de Trump que tinha anunciado a sua presença.
A equipa de transição e o grupo Madison Square Garden (MSG) anunciaram em comunicado que o grupo Radio City Rockettes iria atuar no evento, marcado parta 20 de janeiro, em Washington.
Cada ano, em novembro e dezembro, este grupo atua várias vezes por dia no Radio City Music Hall, em Nova Iorque, fazendo uma dança sincronizada, com movimentos de pernas à semelhança do francês 'cancan'.
O anúncio suscitou numerosas reações, designadamente de uma das 'Rockettes', Phoebe Pearl, que colocou uma mensagem na sua conta na rede social Instagram, que foi apagada depois, declarando-se "incomodada e dececionada".
Segundo a publicação eletrónica Hollywood Reporter, Pearl escreveu: "A decisão de dançar para um homem que representa tudo aquilo a que nos opomos é espantosa".
De acordo com o sítio na internet de outra publicação, a BroadwayWorld, o sindicato que inclui as Rockettes, o das Artistas de Variedades (Agva, na sigla em inglês), dirigiu uma mensagem às bailarinas para as repreender.
"Receio que não seja possível um debate sobre um boicote" ao evento, escreveu um dos responsáveis da organização.
Um pedido de comentário da AFP ficou sem resposta.
Um segundo comunicado, do MSG, transmitido à AFP, garantiu que a participação de uma bailarina num evento faz-se com base no voluntariado.
"Nunca se diz que [as bailarinas] têm de participar num acontecimento, incluindo a investidura", afirmou fonte do grupo, avançando que o número de pedidos das bailarinas para participarem na atuação de 20 de janeiro já excedia o necessário.
Lusa