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Noruega e China retomam relações após polémica com Nobel da Paz

Após vários anos de relações tensas com a China, a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, anunciou esta segunda-feira que Oslo retomou os laços com as autoridades de Pequim.

Nobel da Paz: Presidente colombiano Juan Manuel Santos pelo seu empenho em por fim a uma guerra civil que já dura há mais de 50 anos.
© Jose Gomez / Reuters

As relações entre os dois países esfriaram em 2010, quando as autoridades de Pequim reagiram de forma negativa à decisão do Comité Nobel norueguês, com sede em Oslo, de atribuir o prémio Nobel da Paz ao dissidente chinês detido Liu Xiaobo.

Apesar de o Governo norueguês não ter qualquer influência na escolha do comité, um acordo comercial bilateral foi suspenso e o salmão norueguês - o país é um dos maiores exportadores mundiais -- enfrentou restrições no mercado chinês.

Na altura, a China afirmou que seria difícil manter "relações amigáveis" com a Noruega depois de o Comité Nobel ter atribuído o Nobel da Paz ao dissidente chinês.

"O Governo norueguês apoiou (a atribuição do prémio). É difícil manter as amigáveis relações com a Noruega que tínhamos antes", disse na altura o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

Esta segunda-feira, Erna Solberg disse aos deputados noruegueses que o país ia restabelecer a cooperação com a "maior economia mundial".

O canal de televisão estatal chinês CCTV transmitiu imagens do encontro em Pequim entre o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e o ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês, Borge Brende.

O governante chinês afirmou que os dois países tinham "alcançado um consenso sobre a normalização das relações".

Lusa

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