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Dois centros médicos bombardeados na zona rebelde de Alepo

Dois centros médicos destinados a mulheres, foram atingidos por morteiros e ataques aéreos no norte da Síria com um balanço de pelo menos 12 mortos, referiram ativistas da oposição, um grupo de assistência e um responsável hospitalar.

Ataques da aviação e de artilharia continuavam a flagelar a zona norte da cidade de Alepo, controlada pelos rebeldes, quando as forças governamentais avançavam no distrito nordeste do enclave, indicou a agência noticiosa Associated Press (AP) ao citar fontes locais.

A Shafak, uma ONG turca que fornece material médico na Síria, disse que um centro ginecológico na localidade de Termani, no norte da província de Idlib, foi atingido por quatro consecutivos ataques aéreos na noite de hoje, com um balanço de dois mortos civis e ferimentos num médico.

O centro, que recebia cerca de 35 doentes por dia e era a única instalação na área, ficou inoperacional, referiu a Shafak.

Um vídeo e fotos divulgados pela Shafak mostram um edifício muito danificado, e ainda uma incubadora e uma ambulância destruídas.

Outra instalação ginecológica situada na zona sitiada de Alepo também foi atingida, de acordo com o responsável hospitalar local Abdul-Hamid al-Eissa, que disse terem sido destruídos quatro geradores após o edifício ser atingido por 'rockets'.

O exército sírio voltou a ganhar terreno hoje na zona rebelde desta cidade do norte da Síria, onde mais de 30 civis foram mortos na véspera em bombardeamentos, aumentando o desespero dos habitantes cercados.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) referiu que o exército de Damasco controla agora 60% de Massaken Hanano, o maior dos bairros em poder dos rebeldes no leste de Alepo, e avança rapidamente. A televisão oficial síria considera tratar-se "atualmente da principal frente em Alepo".

O prosseguimento dos bombardeamentos continua a revelar a incapacidade dos responsáveis internacionais, divididos sobre a questão síria, em terminar com o sangrento conflito interno iniciado em 2011, que se agravou com o envolvimento de forças regionais, internacionais e de 'jihadistas', e que segundo a ONU já provocou mais de 300.000 mortos.

Lusa

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