Alberto Youssef é um elemento importante na Operação Lava Jato, que investiga o maior esquema de corrupção da história brasileira, envolvendo várias empresas, sobretudo a petrolífera estatal Petrobras, e suspeitas de dezenas de políticos, incluindo o ex-presidente Lula da Silva.
Alberto deixou a prisão da Polícia Federal em Curitiba, no Estado do Paraná, no sul do país, no início da tarde (hora local) e, depois, seguiu para a sede da Justiça Federal, na mesma cidade, para lhe colocarem uma pulseira eletrónica.
A prisão domiciliária resultou de um acordo de prestação de informações às autoridades em troca de eventual redução de pena, alcançado com o Ministério Público Federal (MPF) em setembro de 2014.
Trata-se de uma das principais delações da Lava Jato, por ter revelado o caminho usado para lavar o dinheiro.
O empresário que estava preso desde 17 de março de 2014, contou aos investigadores como decorriam as transferências de recursos ilegais do Brasil para bancos no estrangeiro e como as quantias eram remetidas e distribuídas pelos beneficiários dos subornos.
Alberto Youssef vai ficar quatro meses em prisão domiciliária, podendo apenas sair para ir ao ginásio do condomínio para sessões de fisioterapia e receber visitas previamente cadastradas na Justiça, como familiares e advogados.
Depois disso, passará ao regime aberto, isto é, poderá ir e vir livremente.
No âmbito do acordo, Adalberto não poderá cometer nenhum crime durante dez anos, caso contrário, terá de responder por todos os processos em que foi acusado.
Com Lusa