A porta-voz do governo grego, Olga Yerovasili, assegurou que a Grécia respeitará os procedimentos estabelecidos pelo direito internacional, mas acrescentou que o executivo leva "muito a sério" que os detidos são acusados no seu país de "violar a legalidade constitucional e de tentar derrubar o sistema democrático".
O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlüt Cavusoglu, pediu hoje a extradição imediata dos oito militares, que qualificou de traidores.
Em comunicado, Yerovasili confirmou que o helicóptero militar turco emitiu um sinal de socorro ao entrar no espaço aéreo grego e pediu autorização para fazer uma aterragem de emergência.
Dois aviões de combate gregos receberam de seguida a ordem de escoltar o helicóptero até ao aeroporto de Alexandrópolis, onde aterrou em segurança.
Naquele aeroporto, a polícia grega deteve os oito ocupantes, que anunciaram a intenção de pedir asilo político.
Yerovasili afirmou que o Governo grego se dirigiu às autoridades turcas para proceder "tão cedo quanto possível, ao retorno do helicóptero militar" e que irá analisar o pedido de asilo, mas à luz das acusações formuladas pela Turquia.
Após aterrarem em Alexandrópolis, uma cidade situada no nordeste da Grécia, perto da fronteira com a Turquia, os oito tripulantes, sete dos quais vestiam uniformes militares segundo os media gregos, foram detidos e levados para as instalações da polícia.
Lusa