A resolução que cria o cargo de "Especialista independente na proteção contra a violência e discriminação baseada na orientação sexual e identidade de género" foi adotada ontem à noite, depois de várias horas de um debate aceso, disse aos jornalistas o porta-voz do Conselho, Rolando Gomez.
Foi aprovada com 23 votos a favor, 18 contra e seis abstenções no Conselho de 47 membros.
"A ONU deu um passo histórico"
A Human Rights Watch (HRW) elogiou a decisão histórica de criar um novo cargo que tem como tarefa lutar contra a discriminação com base na orientação sexual ou identidade de género.
"A ONU deu um passo histórico", disse o diretor da HRW, John Fisher, acrescentando que aqueles que são vítimas de discriminação em função do seu género ou da sua orientação sexual têm agora "uma voz oficial".
A resolução foi proposta pela Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Uruguai, apoiada por vários Estados europeus, bem como pela Coreia do Sul, Vietname e Mongólia.
Os votos contra foram dados pela China e pela Rússia, juntamente com Estados árabes como a Arábia Saudita. Os opositores em África incluíam o Quénia, o Togo e a Nigéria que, em 2014, adotaram uma dura lei anti homossexualidade. A África do Sul foi um dos seis países a abster-se
O especialista independente vai ser nomeado nos próximos meses.