A OMS também reconheceu o país asiático como o primeiro com um grande número de casos que consegue o que a organização classificou como "um marco extraordinário" e "um passo crucial para reduzir a epidemia do VIH".
"A Tailândia mostrou ao mundo que o VIH pode ser derrotado", disse o diretor regional para o Sudeste Asiático da OMS, Poonam Khetrapal Singh, em comunicado.
Cerca de 21 mil crianças nascem a cada ano com o VIH a Ásia-Pacífico, onde há 200 mil menores afetados.
Segundo a OMS, mulheres infectadas com VIH têm entre 15% e 45% de possibilidades de transmitir o vírus aos seus filhos durante a gravidez, parto ou amamantação, mas o risco diminui para 1% se durante estes períodos lhes forem aplicados antirretrovirais.
Segundo o ministério da Saúde tailandês, 98% das mulheres com VIH têm acesso a antirretrovirais, e a transmissão do vírus de mãe para filhos caiu para menos de 2%.
As autoridades tailandesas estimam que, no ano 2000, mil crianças foram infectadas, número que em 2015 diminuiu 90%, para 85 casos em todo o país, onde 450 mil viviam com este vírus em 2014.
Além de conter a transmissão do VIH entre mãe-filho, as autoridades do país asiático também conseguiram reduzir o número de mulheres infectadas com o vírus que, entre 2000 e 2014, passou de 15 mil novos casos a 1,9 mil, uma queda de 87%.