À margem da cimeira do G7, que decorre no Japão, Tusk alertou que o que está em causa é a credibilidade do 'clube das nações ricas'.
"O teste à nossa credibilidade no G7 é a nossa capacidade de defender os valores comuns que partilhamos", disse.
"Só vamos passar neste teste se adotarmos uma posição clara e firme sobre cada tópico das nossas discussões (...) Refiro-me em particular ao tema da segurança marítima e ao dos mares do Sul e Leste da China e à questão da Rússia-Ucrânia", afirmou.
Segundo Tusk, para defender estes valores comuns, "não basta acreditar neles", é também preciso estar "pronto para os defender".
Pequim reivindica a maior parte do Mar do Sul da China, o que gera discordância das Filipinas e Vietname.
A China tem também uma disputa com o Japão em relação a ilhas no Mar do Leste da China.
"A política do G7 é clara: qualquer reivindicação marítima ou territorial deve ser baseada na lei internacional e qualquer disputa territorial deve ser resolvida por meios pacíficos. Ação unilateral e uso de força ou coerção não serão aceites", defendeu.
Quanto à anexação da Crimeia pela Rússia, Tusk indicou que a União Europeia e o G7 continuam a acreditar que se trata de uma crise "que só pode ser resolvida em total respeito pela (...) lei internacional, especialmente a obrigação legal de respeitar a soberania, integridade territorial e independência da Ucrânia".
"Quero afirmar claramente que a nossa posição em relação à Rússia, incluindo sanções económicas, não vai mudar enquanto os acordos de Minsk não forem totalmente implementados", afirmou.
Lusa