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Dissidentes cubanos detidos ontem começaram a ser libertados

Os dissidentes cubanos que foram detidos este domingo em Havana, após uma marcha do movimento Damas de Branco, começaram a ser libertados, disseram à Efe fontes do grupo.

Entre os libertados está a líder das Damas de Branco, Berta Soler, e o seu marido, antigo preso político, Ángel Moya, bem como o ativista Antonio González Rodiles, o artista de graffiti Danilo Maldonado "El Sexto" e o músico Gorki Águila.

Soler disse à Efe não poder determinar quantos dissidentes, dos cerca de 60 detidos na manhã de domingo, foram libertados, indicando que desconhece também a situação atual das mulheres do seu grupo que viajaram de províncias como Matanzas, Villa Clara, Guantánamo e Santiago de Cuba para assistir à marcha dominical, não sabendo se regressaram às suas localidades.

O grupo, criado por mulheres de opositores ao regime comunista, tentava realizar uma marcha, mas ao encontrar-se com uma contramanifestação de apoiantes do Governo acabou por ser alvo de detenções e conduzido com violência para unidades policiais.

As detenções de domingo aconteceram poucas horas antes da chegada a Havana do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que na agenda da visita à ilha tem incluído um encontro com dissidentes.

Há 46 semanas consecutivas que a marcha de domingo das Damas de Branco acaba em detenções, segundo denunciou o grupo.

De acordo com o último relatório da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, a única que contabiliza as detenções e outros atos de repressão na ilha, nos dois primeiros meses deste ano foram registadas pelo menos 2.555 detenções por motivos políticos.

Lusa

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