"Numa palavra, a resposta é claramente não", respondeu o embaixador russo junto da ONU Vitali Churkin aos jornalistas que o interrogavam sobre a questão, antes de consultas nas Nações Unidas sobre o dossier pedidas pelos Estados Unidos.
A Rússia como membro permanente do Conselho de Segurança tem direito de veto. Segundo diplomatas, a China, outro dos membros permanentes, e a Venezuela também estão relutantes em sancionar o Irão.
Os Estados Unidos pediram que o conselho realizasse consultas à porta fechada para discutir os "perigosos disparos" de mísseis balísticos pelo Irão, que segundo Washington e os seus aliados infringem a resolução 2231.
De acordo com esta resolução, o Irão deve abster-se de lançar mísseis balísticos que possam transportar ogivas nucleares, ainda que as sanções internacionais impostas a Teerão tenham sido levantadas devido ao acordo nuclear com as grandes potências, concluído em julho e que entrou em vigor no início do ano.
O Irão negou sempre procurar obter a arma nuclear e afirma que os seus mísseis não são projetados para transportar uma bomba atómica.
Na semana passada, o regime xiita iraniano disse ter realizado uma série de testes de mísseis balísticos.
Antes da reunião do conselho, o embaixador israelita junto da ONU Danny Danon apelou aos 15 países que integram o órgão executivo das Nações Unidas para "aplicarem medidas punitivas claras" contra o Irão para lhe enviarem "uma mensagem sem ambiguidade".
Lusa