Em causa, segundo o secretário de Estado norte-americano, estão os massacres cometidos contra a minoria yazidi no Iraque e possivelmente contra os cristãos no Iraque e na Síria.
"Vou tentar tomar esta decisão muito em breve", assegurou John Kerry, durante uma audiência no Comité de Assuntos Estrangeiros da Câmara de Representantes norte-americana.
Segundo a imprensa norte-americana, o Departamento de Estado está a analisar há alguns meses se vai qualificar como genocídio os assassinatos em série de yazidis, uma minoria religiosa com 500 mil a 700 mil pessoas concentradas no noroeste do Iraque, e que o autoproclamado Estado Islâmico prometeu eliminar.
Os congressistas norte-americanos pediram também que se aplique essa denominação para os cristãos mortos pelo grupo extremista no Iraque e na Síria e possivelmente para outras minorias religiosas.
Não incluir os cristãos "seria um ato de negação tão grave como a falta de reconhecimento por parte dos Estados Unidos do genocídio no Ruanda" em 1994, afirmou na audiência de hoje o congressista republicano Chris Smith.
John Kerry replicou que a decisão de recorrer à definição legal de genocídio "requer muita verificação de dados" e que há poucas semanas pediu ao gabinete jurídico do Departamento de Estado que avalie se o termo se pode aplicar à morte dos cristãos.
Lusa