O chefe do Pentágono (Departamento de Defesa norte-americano), que assistia a uma cerimónia pública em Miami (Florida), acrescentou que os 10 iemenitas foram transferidos para Omã.
Com esta transferência, um total de 93 prisioneiros permanecem na prisão militar norte-americana de Guantánamo, localizada no sul da ilha de Cuba e que foi criada após os atentados de 11 de setembro de 2001 para acolher suspeitos de terrorismo.
É a primeira vez que o número de detidos em Guantánamo é inferior a uma centena.
O centro de detenção, que recebeu os primeiros detidos há 14 anos (em 2002), chegou a contar com 680 presos.
"Trabalhamos com diligência para encerrar este capítulo da nossa história", disse Carter, que precisou que a transferência destes detidos para Omã foi concretizada após uma minuciosa avaliação médica.
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Omã, os iemenitas vão ficar naquele território por um "período temporário".
A intenção da atual administração norte-americana, que termina o mandato em janeiro de 2017, é transferir todos os detidos possíveis para outros países e acomodar os restantes em prisões de alta segurança nos Estados Unidos.
O encerramento de Guantánamo é uma das promessas da administração do Presidente Barack Obama, desde que chegou ao poder em 2009, mas o processo de esvaziamento da prisão militar têm sido marcado por várias perturbações.
A oposição do Congresso norte-americano e a relutância dos países em acolherem suspeitos de terrorismo têm sido apontados como os principais obstáculos ao cumprimento da promessa de Obama.
Na terça-feira durante o seu último discurso do Estado da União, Obama reiterou novamente a promessa de encerrar Guantánamo.
"Vou continuar a esforçar-me para fechar a prisão de Guantánamo: é cara, é inútil e não é mais do que um panfleto de recrutamento para os nossos inimigos", afirmou Barack Obama no tradicional discurso diante das duas câmaras (Câmara dos Representantes e Senado) do Congresso dos Estados Unidos.
Lusa