Numa carta, dirigida a Barack Obama, o democrata pede inclusive que os Estados Unidos promovam a exclusão do "regime de Nicolás Maduro" dos fóruns internacionais e que se adotem outras penalizações internacionais.
Por outro lado, instou o Presidente norte-americano a impulsionar, junto da Organização de Estados Americanos, a invocação da Carta Democrática interamericana contra o Governo venezuelano.
As novas medidas reforçariam as sanções (suspensão de vistos e congelamento dos bens em território norte-americano) aprovadas em 2014 e em 2015 contra sete funcionários do Governo venezuelano, que se considerou representarem um "risco extraordinário" para a segurança dos Estados Unidos.
Segundo a imprensa venezuelana, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano John Kirby manifestou na segunda-feira estar preocupado com as interferências do Governo venezuelano contra o novo parlamento que hoje toma posse e cuja maioria passou a ser da oposição.
"Estamos preocupados pelas tentativas do Governo venezuelano de interferir no exercício das funções por mandato constitucional da Assembleia Nacional, recém-eleita", disse aos jornalistas.
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, já reagiu às preocupações de Washington e acusou os Estados Unidos de ingerência nos assuntos internos da Venezuela.
"O direito à rebelião perante ameaças está em vigor", disse Nicolás Maduro, precisando que o Governo estuda "linhas mestras" contra os adversários políticos, os quais acusou de atuar em cumplicidade com os Estados Unidos.
A aliança opositora Mesa de Unidade Democrática obteve, nas eleições de 06 de dezembro último, a primeira vitória em 16 anos, conseguindo 112 dos 167 lugares que compõem o parlamento, uma maioria de dois terços que lhe confere amplos poderes e marca uma viragem história contra o chavismo.
Lusa