Sem fornecer detalhes sobre o local das detenções, o comunicado refere que estas detenções são consequência de 227 operações policiais efetuadas no decurso do recolher obrigatório, em vigor.
Fontes dos serviços de segurança citados pela agência noticiosa Efe referiram-se por seu turno ao desmantelamento de uma célula 'jihadista' especializada na cidade de Bizerta (norte), especializada no recrutamento e envio de voluntários para a Síria e Iraque.
Esta foi a segunda vez em dois dias que unidades especiais da luta antiterrorista afirmam ter desmantelado uma suposta célula 'jihadista' em Bizerta, com alegadas ligações ao grupo extremista Estado Islâmico (EI).
A organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje diversos abusos da polícia tunisina nas detenções e buscas desencadeadas após o atentado suicida de 24 de novembro na capital, Tunes, contra um autocarro com membros da Guarda presidencial, com um balanço de 12 mortos.
Em comunicado, a AI afirma que as autoridades tunisinas "devem proteger a população, investigar os ataques a civis e apresentar os culpados perante a justiça. No entanto, não devem atentar contra os direitos humanos aterrorizando as famílias com buscas muito violentas e praticando detenções em massa", afirmou.
A ONG adverte ainda as autoridades para que evitem repetir a conduta da ditadura do ex-Presidente Ben Ali e "assegurar de modo escrupuloso que não se retoma a tortura e a repressão em nome da luta antiterrorista".
Segundo a imprensa local, as forças de segurança já promoveram 1.880 operações em todo o país desde o atentado de 24 de novembro, e prenderam 155 pessoas.
Lusa