"Reunimo-nos na quarta-feira com o núncio apostólico, monsenhor Giorgio Lingua, a quem entregámos uma carta endereçada ao papa, na qual lhe pedimos que nos receba quando visitar Cuba, apesar da sua apertada agenda", disse à agência noticiosa France Presse Berta Soler.
"Sabemos que esse encontro não depende do núncio, mas ele mostrou-se muito recetivo, e garantiu-nos que ia transmitir a carta", acrescentou.
O grupo Mulheres de Branco, formado em 2003, é constituído por mulheres, viúvas e mães de presos políticos, e que todos os domingos se passeia numa determinada praça da capital cubana.
A Nunciatura Apostólica confirmou à France Presse a reunião, mas não fez qualquer outro comentário.
Soler disse ainda que informou o núncio sobre a situação dos Direitos Humanos em Cuba, e lhe entregou um CD com "testemunhos de mulheres e militantes que foram vítimas de repressões nas últimas semanas", bem como uma lista dos nomes dos presos políticos.
A dirigente afirmou-se preocupada com a visita do papa, prevista para 19 a 22 de setembro, "porque quando veio [a Cuba] Bento XVI [em março de 2012], o Governo interpelou centenas de opositores de modo a evitar que assistissem às eucaristias".
Lusa