Este foi o seu primeiro discurso dedicado ao tema da importância da defesa da ecologia, que foi o tema central da sua recente encíclica "Laudato Si" (Louvado Seja), mas também apelou ao mundo da educação para que dê a sua contribuição.
"Não podemos continuar a virar as costas à nossa realidade, aos nossos irmãos, à nossa Mãe, a Terra", exclamou.
Insistindo neste ponto, o papa acrescentou: "Não nos é permitido ignorar o que está a acontecer à nossa volta, como se determinadas situações não existissem ou não tivessem a ver com a nossa realidade".
O papa Francisco lamentou que "a morte de um sem-abrigo nos arredores (da basílica) de São Pedro não é notícia, mas se a bolsa de um país poderoso cai três pontos sai nos noticiários".
Jorge Bergoglio disse que, como reiterou na "Laudato Si", a defesa do ambiente "já não é uma mera recomendação, mas uma exigência que nasce do dano provocado pelo uso irresponsável e dos abusos dos bens que Deus pôs na Terra".
Citando a encíclica, onde exprimiu a posição da Igreja sobre as alterações climáticas, o papa alertou: "O ambiente humano e o natural degradam-se em conjunto e não se pode enfrentar adequadamente a degradação humana e social se não se prestar atenção às suas causas".
Lusa