O primeiro papa a visitar a Ásia desde 1999 chegou à praça de Gwanghwamun - ligada ao julgamento e execução de milhares de católicos que recusaram o confucionismo - num veículo descoberto, para celebrar uma missa solene em memória da primeira geração de católicos do país.
A lista de 124 mártires é encabeçada por Paul Yun Ji-chung, decapitado em 1791, ano em que começaram as perseguições, segundo a agência Ecclesia.
Os novos beatos são 123 leigos e um padre, o sacerdote chinês James Zhou Wen-mo, enviado pelo bispo de Pequim, o português D. Alexandre de Gouveia (1731-1808), e martirizado em maio de 1801, acrescenta a mesma fonte.
Pontes, estradas e estações de metro nas imediações da praça foram encerrados e atiradores destacados para os telhados dos edifícios na zona envolvente para garantir a segurança do papa e de cerca de um milhão de peregrinos.
Depois de na véspera ter feito uma reflexão sobre os problemas das sociedades materialistas, o Papa Francisco invocou hoje a fé e o sacrifício de Cristo como um caminho da salvação face ao que descreveu como a deterioração dos valores humanos.
Segundo a igreja, pelo menos 10.000 coreanos foram mortos no século que se seguiu à introdução do catolicismo em 1784.
Lusa