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Bruxelas denunciou "crimes contra a humanidade" no norte do Iraque

A União Europeia (UE) denunciou hoje "crimes contra  a humanidade" no norte do Iraque, onde jihadistas` do Estado Islâmico (EI)  ameaçam o Curdistão autónomo e milhares de civis. 

"Condenamos firmemente os últimos ataques do Estado Islâmico (EI) e  de outros grupos armados no Iraque", refere uma nota da chefe da diplomacia  europeia, na qual Catherine Ashton se manifesta "chocada" com a "rápida  deterioração da situação humanitária" no norte do Iraque. 

"Centenas de milhar de civis, sobretudo de minorias, fogem das zonas  de conflito devido às perseguições e às violações de direitos humanos fundamentais"  nas zonas onde os jihadistas` têm progredido, sublinhou. 

"Alguns destes atos podem ser considerados crimes contra a humanidade",  acrescentou, defendendo que sejam investigados rapidamente para que os autores  sejam responsabilizados. 

Catherine Ashton apelou também às partes em conflito para que "respeitem  o direito humanitário internacional, de modo a que seja assegurada a ajuda  humanitária assim como a entrega desta". 

A 10 de junho, o EI tomou o centro de Mosul, e desde então luta no norte  do país para aumentar o que declarou como  "califado": Desde aí tem tomado  cidades como Siyar, onde desencadeou uma crise humanitária denunciada pela  Organização das Nações Unidas (ONU), que causou mais de 120.000 deslocados.

A União Europeia iniciou bombardeamentos seletivos contra posições do  EI no norte do Iraque e lançou comida e água para as dezenas de milhar de  refugiados exilados no monte Sinyar, iniciativa humanitária apoiada pelos  governos da França e do Reino Unido. 

Lusa

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