O desmentido surgiu algumas horas depois de a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) indicar, em comunicado, que a Rússia terá reunido cerca de 20 mil tropas na fronteira leste da Ucrânia e poderá, alegadamente, usar uma missão humanitária ou de manutenção de paz como "desculpa" para enviá-las para o território ucraniano.
As movimentações junto à fronteira são consideradas uma "situação perigosa" pela OTAN, pois aumenta a preocupação de uma intervenção militar na Ucrânia por parte de Moscovo.
"Vou explicar aos responsáveis do Pentágono e da OTAN que as movimentações de milhares de homens e equipamento não são possíveis em tão curto espaço de tempo", afirmou Konachenkov, citado pela Interfax; "sem contar que os observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) teriam dado conta imediatamente, caso isso acontecesse", conclui.
A OSCE tem, atualmente, uma equipe de uma dezena de observadores, que vigiam uma parte da fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, e outra equipa no território ucraniano, onde os rebeldes pró-russos combatem as forças de segurança leais a Petro Poroshenko, atual presidente da Ucrânia.
O porta-voz do ministro da Defesa russo alega ainda que o seu ministério planeia abrir contas em redes sociais de forma a fornecer "informação objetiva sobre as ações militares russas".
Lusa